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Jornalistas Maranhenses pagam para trabalhar

 Farinha pouca, meu pirão primeiro. Dinheiro pouco, jornalista beirando ao desespero.  Mais certo que o sol aparecer no verão, é o perrengue dos profissionais de comunicação do estado do Maranhão. Com clareza e sem medo, afirmo que muito mais do que um descontentamento com o valor pago pelos meios de comunicação,  o salário aplicado tem sido também um motivo para alguns pensarem em desistir.   Sem reajuste, é cada vez mais improvável que os jornalistas tenham  ganho financeiro. A gasolina sobe e o salário mais congelado  do que peru de natal esperando chegar dezembro. 



Por falar nisto:  Para se alimentar, com o quilo da batata quase  o mesmo valor de um Mobi like, tá dificil comer e trabalhar ao mesmo tempo. Não é de agora que a categoria tem mantido uma postura  de indignação, que paira nos bastidores mas não vira notícia de primeira página. É que o pião tá pouco, mas ainda tá no prato. 

E a gasolina? Entre semana e plantões, a soma chega ao valor R$ 500,00 para  quem precisa ocupar a cadeira da redação. Diga-se de passagem, não teve  home office pra muita gente. O salário do jornalista Maranhense praticado no comércio atual, é abaixo do piso definido em acordo coletivo.  Produzir conteúdo tem sido uma demorada guerra financeira e um malabarismo que circo  fica com inveja. 

Home office seria uma saída? Nem sempre. A conta de energia sobe, e o salário desce. Para vestir um terno e gravata, tá mais difícil. E  o  auxílio paletó é utopia dos sonhadores.

Passagem de ônibus não é garantia de nada. As vezes nem ônibus tem. Se o  Braide  não  twittou que a "Capital da vacina" iria vacinar comunicadores, deixou pra trás Brasileiros essencias no combate a fake news, quem dirá colocar ônibus pensando numa categoria. Mais de um milhão de pessoas desembolsaram valores grandes pagar uber e provalvemente pagar para trabalhar também. O Maranhão tá on, mas não tá roteando pra todos. 

Bom, por hoje é só. Pensei que ia falar só da gasolina, mas em meio a tanta demanda, tem pirão que nem engrossa o caldo e tem credor que quando olhar o profissional já chora junto com todos. Nos bastidores, é claro!  Ai Maju! O choro é livre? No teu contexto da fala não, mas aqui no Maranhão, a liberdade de impressa é só pra chorar no banheiro do trabalho, sorteando boleto e surfando na maré baixa. Que fase!

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