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Em questão de segundos a notícia se espalhou por todo o Brasil, não se falava em outras coisas nas redes sociais, os comentários que minutos atrás ainda ansiavam por um resgate de Montagner com vida, se transformaram em verdadeiros lamentos pela morte confirmada.
É natural que uma notícia desta magnitude pegue a todos de surpresa, imagine! O cara só tinha ido gravar sua cenas, em um cenário exuberante, desceu para se despedir do seu local de gravações e não imaginava que estava também se despedindo da vida. Conhecido nacional e internacionalmente pelo alcance que a emissora tem, portanto milhões de comentários surgiram com a confirmação de sua partida.
Olhando pela cobertura midiática os programas de fofoca que já estavam no ar contanto o que todo dia fazem, falando da vida alheia, logo se viraram para a notícia do dia e começaram a especular e falar sobre tal feito.
Programas policiais trataram de ouvir pescadores e moradores da região em geral que tivessem tido algum tipo de contato com o ator e que pudessem fazer algum relato a respeito destes últimos dias de sua estadia por
alá.
A emissora que Domingos trabalhava, aguardou as fontes oficiais, leia se: bombeiros, grupos táticos e todos profissionais empenhados na busca e só então anunciou o que ninguém queria que fosse verdade.
O que se viu o dia todo, era pessoas interessadas na história, minuto a minuto no F5 do computador em busca de respostas. Me veio a mente o quanto todos os dias, tanta gene espera por alguma resposta e depois confirma o que não era o preferível. Ninguém quer a morte! Ninguém se prepara para ela, apesar de saber que e algo que não escaparemos!
Nem só a morte, mas qualquer outra notícia contrária a nossa aspiração do momento nos faz tremer na base! Somos humanos! Apesar de sabermos que a vida é imprevisível nunca estaremos acostumados a perdas e notícias ruins. Mas o Brasil, que por tantos meses tinha parado para refletir sobre escolhas com as notícias politicas, foi levado repentinamente a refletir sobre morte!
São tempos de reflexão e mudanças, e isto não há de cair no esquecimento tão rápido, imagino que hoje as rodas de conversa se voltam para o episódio, com hipóteses ou constatações.
O que se pode tirar disto tudo é saber que a dor humana não tem hora para acontecer, que ela vem, nos prega peças, nos acomete de uma tristeza absurda, ela bagunça nosso pequeno ajustamento de ideias, ela refaz prioridades e desfaz planos.
Há neste momento uma família com 3 filhos, chorando uma dor grande e entrando num estado de saudade que jamais terá fim.
A vida, apesar de boa, tem disso também! Hoje aqui estamos, amanhã não sabemos! Reflitamos sobre abraços não dados, sobre boas palavras não ditas, sobre posturas de explosão emocional, enquanto há vida há esperança de garantir que quem nos ama terá boas lembranças de nós, quando chegar a nossa vez, de ser a noticia do dia.
